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A Janela do Quarto (Guto)

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  Um calor derramado Nesses dias de sol Te acompanho na trilha Caminhando ao teu lado Seu cabelo balança Sob a luz ele brilha Tudo está combinado Para tarde sem alma A chuva chega tranquila Seu corpo está sentado Na janela do quarto Onde dorme a minha filha.

Eu Sei, Você é Decadente (Guto dos Santos)

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Um fluxo de extrema desonestidade  Nesse coração secreto  Uma piedade  Ou nada mais  Apenas tratar como manequim  Brincar  Sentir-se bem consigo mesmo  E atirar para os cães.  É chegado o dia de vingar-me  De mim mesmo  Por ter mantido a porta aberta  Aos porcos  Durante a noite robusta  Para me apanharem  De calças arreadas  Olhando para o lado errado  Enquanto o roubo era cometido.  Chegara o dia em que a vingança cairá  Sem pena - sobre mim  Por ter entregado amor aos vermes  Por ter permanecido tanto tempo entre eles  Sendo devorado e sorrindo  Imbecil sem fim  Generoso e bufante  Falando um monte de merda  Para que os vermes pudessem rir  E me amar!

O Animal Rei II (Guto)

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  Eu tenho sonhos Sonhos turbulentos Sobre mim Sobre o animal rei Ele me deseja na sobremesa Ele me despreza E apedreja-me Eu o cubro de razões E ele me despreza mais Animal rei Onde está a sua consorte(?) Onde estamos nós Quando n ão falávamos a verdade(?) Eu tenho sonhos E a maioria deles Cabem num vidro de comprimidos Fale comigo tudo o que eu já sei Juro que te amo Meu animal rei Meu sonho turbulento Meu orgulho e vergonha Onde está a sua consorte(?) Onde está a nossa oste(?) Talvez você nem mesmo me veja A não ser que eu esteja sobre a mesa Eis um fim(...)

Solstício (Guto)

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Enegrecida crista escarpada Onde o sol não toca Nem revela o mortal obstáculo. Enrigecido músculo viril A mão apalpa a pedra  E escala a encosta serrilhada Com mil pedras pontiagudas Suor no rosto Um bela face Só mais um rito Como já gritei anos antes Hoje eu repito "Ainda estou vivo" E bebo esse pulso negro Que me alimenta  E chamo de irmão! O sol não toca, E me revelo por conta própria Seguindo um destino que avança Galopando um cavalo renegado Em frenesi Em conexão ancestral Com o que eu digo que é meu Mas não me pertenceu Nem deve pertencer Assim eu mantenho-me livre Mergulho nesse inferno Bebendo essa fonte obscura Que me alimenta E que chamo de pai. Assim eu repito "Ainda estou vivo" Curvado em reverência Diante da cotidiana onipotência Que está em torno de mim De forma explosiva De modo harmônico Em seus contrários Pretextos pra seguir seu rumo Galopando o corcel renegado Nas asas dos seus sentimentos Que o sol não toca Nem queima O pulso soturno Que me alime

O Reduto (Guto)

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O Reduto régio habitual Me ponho em trágico luto Me enxergo e penetro isso tudo Na porta fechada que está À face as entranhas da terra Avanço a emboscada final No trágico luto Esqueço de mim Aqui(...) (...) bem aqui Encolhido e escondido Forçando as paredes que apertam Urrando de fúria no útero Habitat e reduto Tudo é tão escuro Um signo(...) Um luto(...) Um centro ardente me queima E eu sequer refuto Devoro essa glória - Derrota - Por puro impulso Nada mais justo

Cabelo Castanho (Guto)

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Cabelo castanho Assim é o sol? Na volta serena Da lua em meu hall Você me persegue É noite cinzenta Cabelo castanho Minha dama pequena. Nos dias asmáticos Você é o meu ar Ascende em meu peito Envia-me ao mar. Cabelos castanhos Caindo em seu rosto A ti degustar Teu gosto Variando estações Dentro de seu peito A ti degustar Aqui em nosso leito.

Desvendando - Oráculo em Mim (Guto)

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Envolto em glórias pretéritas Cresço quando estou  Em seu olhar(...) (...)Sem perdão Quando Apenas Sinto-me pequeno -Minúsculo- É uma dicotomia Uma sombra e uma luz Você diz que entende E traduz. Trago novidade ao jogo No momento em que percebo Que aplaco a dor Sei que(...) Sou um fardo E um ator Surfando uma onda É só o que posso fazer E o que sou Ser eu mesmo Enquanto você(...) (...) É  apenas você! Apenas olho Enquanto sorrí Doce atriz(...)